segunda-feira, 23 de março de 2009

NO PIRAMBU

NO PIRAMBU
Jumentos vítimas de maus-tratos

Nem só cães e gatos são vítimas de abandono pelos humanos e acabam nas ruas. Em Fortaleza, a quantidade de grandes animais vadios é cada vez maior. No Pirambu, a situação de dois jumentos sem dono revoltou uma moradora. A funcionária da Prefeitura, Marilene Teles da Silva, sempre via os animais sofrendo agressões e maus tratos quando fazia o percurso do trabalho para casa. Na noite de domingo, ela deu um basta no sofrimento. Pediu a ajuda de jovens que vivem perto de sua residência e os levou para uma casa próximo, que está desocupada e onde há um quintal no qual os jumentos podem ficar em segurança. “Lá onde estavam, os jumentos eram vítimas de agressões o dia inteiro.
São adolescentes, que ficam montando nos bichos, açoitando, dando pancadas com pau e fazendo coisa até pior. Eles só sabem judiar”, revela a mulher. Após retirar os animais, Marilene fez um Boletim de Ocorrência numa delegacia. No dia seguinte, começou a telefonar para várias entidades a fim de conseguir ajuda. “Eu procurei todo mundo, Regional, Ibama Centro de Zoonoses, mas todos afirmam que não trabalham com animais grandes, somente cães e gatos. Apaixonada por animais, Marilene é fiscal voluntária da União Internacional Protetora dos Animais (Uipa).
Aconselhada pela entidade, entrou em contato com a imprensa para denunciar a situação de abandono e desamparo. Sem entender de grandes animais, tentava fazer o melhor que podia, mas tinha dúvidas sobre a alimentação e cuidados. Tentou dar arroz, feijão e pão, mas os animais se recusavam a comer. A solução apareceu de uma vizinha, que não quis ser identificada, ofereceu o jardim para os animais ficarem. “Lá está cheio de mato. Se eles comerem, ainda fazem uma limpeza para mim”. Marilene conta que a situação é comum no bairro. “Eu já passei por isso antes. Esse foi o quarto BO que fiz por causa de jumentos”.
O Centro de Controle de Zoonoses de Fortaleza, responsável por tirar animais das ruas, afirma que não tem estrutura, nem transporte, para receber grandes animais. No entanto, na sede do Centro, há baias para cavalos e um desembarcadouro, próprio para cavalos descerem de caminhões.
Fonte: Diário - Fortaleza, 18 de março de 2009 – Caderno: Cidade Coluna: Pág: 9.
Enviado por: Sabrina Costa

3 comentários:

  1. É com tristeza que ainda verificamos nos dias de hoje cenas tão bárbaras de maus tratos aos animais. O ser humano que se diz tão racional, se mostra com nível de inferioridade não identificado nas demais espécies vivas do planeta. Assistimos, hoje, a uma banalização da vida, em toda forma de expressão..uma total inversão de valores, uma verdadeira crise civilizatória. Que possamos reconhecer, partindo de uma visão biocêntrica, que todos os seres vivos são sujeitos de direito e não somente os seres humanos que de forma vil vêm deixando um legado triste para as gerações futuras.
    paz e bem
    carlos eufrasio

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  2. "Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão…que o AMOR existe, que vale a pena se doar às AMIZADES e às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim…e que valeu a pena!" *Mário Quintana
    PROFESSORA MARY E ECO-AMIGOS, A DESPEITO DE TODA A CRISE QUE VIVENCIAMOS TEMOS QUE ACREDITAR E LUTAR POR UM MUNDO MELHOR.
    PAZ E BEM
    carlos eufrasio

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  3. Obrigada Carlos, por sua ecoforça ao nosso Blog.
    Você como sempre sábio, amigo de todos, comprometido com a realidade atual sem esquecer as futuras gerações. O mínimo que podemos fazer é ajudar a divulgar ações tão positivas de enfrentamento aos maus- tratos a nossa fauna brasileira.
    Um grande amigo, que admiro muito e tenho muita amizade por você.
    Abaço.

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