domingo, 29 de março de 2009

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO



OLÁ AMIGOS E AMIGAS!
AGRADEÇO A TODOS QUE CONTRIBUÍRAM ONTEM COM O MOVIMENTO " HORA DO PLANETA". NA REALIDADE PRECISAMOS INCORPORAR ATITUDES SIMPLES NO NOSSO DIA-A-DIA QUE COM O PASSAR DO TEMPO FARÁ GRANDE DIFERENÇA E SE REFLETIRÁ EM PROL DO BEM COMUM E DO PLANETA.
UM GRANDE ABRAÇO.
MARY ANDRADE

3 comentários:

  1. Profa. Mary
    Nós é que temos que agradecer a Deus a alegria de poder compartilhar de sua amizade, e mais ainda de sua grande missão como ambientalista que é, promovendo ações afirmativas em defesa da vida. Seja através deste espaço virtual, e fundamentalmente, por seu testemunho de vida cumprindo uma grande missão de uma cidadã planetária...abraçando o magistério com tanto amor e nos mostrando que o ímpossível é o que nunca foi tentado.
    paz e bem
    carlos eufrasio

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  2. Obrigada meu amigo Carlos. Você como sempre muito sábio em suas palavras. Não esqueça que tenho aprendido muito com você, nesta estrada do ambientalismo e da vida. Somos todos responsáveis por este Planeta, nossas ações embora simplórias, tem sempre a melhor das intenções.
    Grande abraço.
    Mary Andrade

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  3. A polêmica das sacolinhas



    Autoria: Carolina Rocha de Oliveira


    Desde que Alexander Parkes inventou o primeiro plástico, em 18621, esse material vem sendo utilizado em todo planeta em escala crescente. Embalagens e sacolas plásticas tornaram-se uma alternativa prática e barata para o fornecedor. O consumidor viu nessa novidade um sinônimo de evolução, era a tecnologia do futuro no cotidiano de cada família.

    Com o passar do tempo, o plástico tornou-se a “praga” do ano 2000. Não há uma cidade, um rio, uma praia que se observe sem encontrar um plástico no lugar errado. Eu mesma, durante meus 60 dias na Antártica, encontrava diariamente garrafas PET que chegavam à praia da Ilha Elefante. Com um corpo resistente e cheia de ar, essas garrafas comportam-se como bóias, navegando por todos os mares até encontrarem terra firme.

    Os plásticos são compostos por uma resina sintética originada do petróleo que não é biodegradável, sendo difícil determinar com precisão o tempo que leva para se decompor na natureza.

    As sacolas plásticas são personagens de peso nesse quadro. Utilizadas para acomodar as compras do supermercado, padaria, farmácia, feiras, papelarias, etc, quando recebem tratamento final inadequado, elas colaboram com um planeta cada vez mais “infectado” de plástico. Somente no Brasil, um bilhão de sacos plásticos são distribuídos por mês nos supermercados. Isso significa 33 milhões por dia ou 12 bilhões por ano, o que equivale a um consumo familiar médio de 40 quilos de plásticos por ano, ou 66 sacolinhas para cada brasileiro ao mês.

    Uma pesquisa realizada pelo Ibope com 600 mulheres mostrou que 71% delas manifestaram-se favoráveis ao uso de sacolinhas plásticas como a forma ideal para o transporte de compras e 75% entendem que as sacolinhas devem ser fornecidas pelo varejo. Essa pesquisa revelou ainda que 100% das consumidoras usam as embalagens para o descarte do lixo doméstico, dispensando a compra de sacos para esse fim.

    O consumidor reutiliza esse material como sacos de lixo, porém o presidente do Instituto Plastivida, Francisco de Assis Esmeraldo, afirma que as sacolas poderiam ser reutilizadas ao menos quatro vezes3. No Brasil, elas já representam quase 10% de todo o lixo do país2. Tendo como destino final lixões e aterros sanitários, as sacolas plásticas dificultam a decomposição do lixo orgânico, uma vez que é um material isolante e não biodegradável.

    Para Esmeraldo, o ato de reutilizar as sacolinhas significa uma mudança cultural importante na medida em que o consumidor teria que levar sua sacola de casa, “o melhor caminho é oferecer às pessoas alternativas sem deixar de atender às necessidades práticas dos seu dia-a-dia”3.

    Com esse problema evoluindo, o planeta começou a buscar alternativas. Sacolas pagas, sacolas reutilizáveis e sacolas biodegradáveis começaram a surgir não só no mercado, mas nas leis em toda parte do mundo. Em países como Irlanda, África do Sul, Bangladesh, Austrália, Xangai, Taiwan e algumas cidades alemãs, cada sacola plástica tem um preço, estimulando ao consumidor a reutilização e evitando o desperdício. A cidade de San Francisco (EUA) foi a primeira a aprovar uma lei que obriga estabelecimentos como supermercados e farmácias a utilizarem sacolas biodegradáveis. Na Inglaterra essa lei também vigora. Itália e França devem aderir a leis semelhantes até 2010. Aqui no Brasil a rede catarinense de farmácias SESI trocou as sacolas plásticas comuns pelas biodegradáveis. E cidades como Curitiba e Belo Horizonte já aprovaram leis municipais com o mesmo objetivo. O estado de Goiás também aderiu à alternativa e o Rio Grande do Sul está em processo de votação.

    No estado de São Paulo, uma polêmica foi levantada quando o governador José Serra não aprovou tal lei. Segundo parecer do Departamento de Controle Ambiental da Secretaria do Verde existe dúvida sobre a real degradação deste material em termos químicos e bioquímicos, sendo necessários mais estudos para determinar o quanto a nova tecnologia seria eficaz e não prejudicaria a natureza. “Polímeros são macromoléculas derivadas do petróleo, muito estáveis, que demoram muito tempo para se degradar no meio ambiente. O plástico modificado, embora se degrade mais rapidamente do que o comum, pode continuar contaminando o meio ambiente de forma agressiva em razão dos catalisadores empregados, derivados de metais pesados como níquel, cobalto e manganês”1. Interessado na preservação ambiental e no gerenciamento do lixo, o governo da Califórnia (EUA) decidiu verificar as alternativas às sacolas plásticas e solicitou ao California Integrated Wast Management Board, um estudo para testar a decomposição de produtos ditos biodegradáveis, oxi-biodegradáveis e de plásticos comuns. Das várias opções disponíveis no mercado, o melhor desempenho ficou com as fabricadas utilizando PLA e PHA, seguidas daqueles a partir da matéria-prima obtida da cana-de-açúcar (PLB). Outros chamados oxibiodegradáveis permaneceram praticamente intactos após 120 dias de exposição na natureza, em aterros abertos ou fechados ou em compostagem. Especialistas explicaram que as principais características de um produto biodegradável são: servir de alimento para os microorganismos e não deixar resíduo a partir de um determinado tempo (120 dias). Os testes mostraram que isto não aconteceu com os ditos oxibiodegradáveis que continham polietilino que não se degradou3.

    No Brasil, a FUNVERDE, em 2005, iniciou uma pesquisa a procura de uma tecnologia emergencial para degradação do plástico e encontrou os plásticos biodegradáveis e oxi-biodegradável.

    Segundo a FUNVERDE, as diferenças entre eles são que o plástico biodegradável necessita de ambiente biologicamente ativo, ou seja, rico em bactérias capazes de consumir o plástico enquanto que o oxi-biodegradável primeiramente oxida-se, facilitando o processo de biodegradação que pode ocorrer em qualquer ambiente.

    Além disso, eles afirmam que o plástico oxi-biodegradável não possui metais pesados, é reciclável, pode ser feito de material reciclado e é compatível com processos de compostagem. Esse “plástico ecológico” já está disponível no mercado europeu há alguns anos e possui um preço muito semelhante ao plástico comum.

    Em relação aos catalisadores, a RES Brasil, fabricante de plásticos biodegradáveis esclarece em seu website que utiliza apenas “aditivos inertes ou matérias-primas de origem vegetal (...). Os produtos finais aditivados são totalmente recicláveis.4”

    A empresa traz ainda outras alternativas tecnológicas: “além do aditivo que fragiliza as moléculas do plástico comum, feitos com polietileno, polipropileno, BOPP, PET, PS, entre outros, a RES Brasil utiliza resinas de amido feitas principalmente de mandioca, milho ou batata (não transgênicas) que resultam em um plástico 100% orgânico.”

    “Outra matéria-prima representada pela empresa é destinada à fabricação de plástico hidrosolúvel, à base de álcool polivinílico que se desmancha em contato com a água sem deixar resíduos tóxicos ou nocivos.”

    Por fim, a empresa complementa que “todas as resinas, matérias-primas e aditivos importados pela RES Brasil são inofensivas à saúde e ao meio ambiente, recebendo certificações de órgãos europeus para contato com alimentos, de degradabilidade, biodegradabilidade, compostabilidade e hidrossulubilidade, conforme o caso.”

    Tais tecnologias apresentadas como eficientes, convenceram o governador do Estado de São Paulo a aprovar a lei que obriga o uso de sacolas plásticas biodegradáveis pelos supermercados, farmácias e outros grandes distribuidores.

    Uma outra fonte de poluentes são as tintas utilizadas na impressão de imagens, na flexografia, seus pigmentos possuem metais pesados, que seriam disponibilizados ao ambiente quando o plástico estiver degradado. Para evitar esse problema pode-se optar por sacolas transparentes, com o mínimo de cor e, principalmente, a utilização de pigmentos ecologicamente corretos, já existentes no mercado. A mestre em Gestão Ambiental, Eliza Yukiko Sawada em sua tese5 compara as tintas convencionais com as ecológicas, indicando a utilização destas na indústria.

    Com tantas alternativas: plásticos comuns, plásticos biodegradáveis, hidrossolúveis, sacolas mais resistentes, sacolas reutilizáveis, etc, os órgão de gestão pública têm optado por políticas de substituição de sacolas comuns pelas biodegradáveis. Essa medida, sem dúvidas, diminuirá problemas de destino final dos produtos e facilitará os processos de decomposição do lixo doméstico em lixões e aterros. Porém, é válido ressaltar que essa alternativa é emergencial, estando sempre a educação da população como foco desses órgãos. Criar no brasileiro um hábito de redução, reutilização e reciclagem. Estimular o consumo consciente: quantas sacolas eu realmente preciso usar? Qual produto tem melhor embalagem? Será que eu realmente preciso comprar esse produto? Essas são metas para médio e longo prazo, mas elas não devem deixar de ser estabelecidas.

    Educar, pedir para que não se jogue sujeira nas ruas, pelas janelas dos carros, depois de consumir um produto, dar o destino apropriado para o lixo. Educação demanda tempo para ser conseguida. Mudanças nos hábitos levam gerações para mostrar resultados, por isso, o processo de Educação Ambiental do cidadão deve ser sempre contínuo. Não se pode criar agora uma população acomodada num pensamento de “plástico biodegradável não polui”. O conceito de sustentabilidade é aplicado aqui principalmente com o consumo consciente.

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