quarta-feira, 11 de março de 2009

ORLA DE FORTALEZA

ORLA DE FORTALEZA

Esgoto irregular em 31 imóveis
Técnicos da Semam encontram resistência da população na hora de vistoriar a rede de esgoto e como a água é usada
Técnicos da Secretaria de Meio Ambiente e Controle Urbano (Semam) já autuaram 31 imóveis da orla marítima de Fortaleza onde foram detectados ligações clandestinas de esgoto ou aqueles em que o dono ou inquilino jogava água das chuvas direto no sistema de drenagem da rede coletora. As ações fazem parte do Projeto de Despoluição da Orla que o órgão desenvolve, desde junho de 2008, em parceria com a Secretaria Executiva Regional II, Agência Reguladora de Fortaleza e com a Companhia de Abastecimento de Água e Esgoto.
A coordenadora do Projeto, Ester Esmeraldo, disse que foram realizadas 6.522 vistorias e que estão pendentes ainda 560 imóveis. “Alguns imóveis estão fechados, já em outros os proprietários não deixam os técnicos da Semam entrar. Existe uma resistência da população devido ao medo de assaltos, embora os técnicos mostrem a credencial do órgão”.
Segundo ela, o objetivo do projeto é contribuir para a despoluição gradativa da orla marítima da Capital cearense. A coordenadora do Projeto na Semam diz que a população não faz a sua parte e continua jogando lixo nas galerias fluviais, usando as bocas-de-lobo como sanitários, principalmente quando há shows e faz ligações clandestinas.
“A população precisa ser có-responsável e entender que no combate a poluição da orla”, salientou Esmeraldo.
O Projeto de Despoluição da Orla envolve ações de limpeza das galerias de águas pluviais, tamponamento das ligações clandestinas de esgoto no sistema de drenagem, que tem como destino final as praias da orla marítima e a conscientização da população quanto à importância do uso adequado da rede pública de esgoto.
Entre os resultados positivos do projeto, ela aponta a interligação de 4.578 domicílios à rede de esgoto da Cagece e finalizados 598 obras em imóveis abandonados, desocupados ou vago. Conseguiram ainda solucionar 379 imóveis pendentes, mas ainda precisam retornar a 162 imóveis. “As galerias fluviais próximas ao Othon Palace Hotel hoje estão limpas, mas ainda há o que fazer”.
Outra ação para despoluir o subsolo das praias é a obra de esgotamento sanitário em 21 barracas da Praia do Futuro, iniciada pela Cagece, envolvendo recursos da ordem de R$ 942,8 mil do Programa Saneamento para Todos.
O gerente de obras metropolitanas da Cagece, Iran Magalhães, disse que serão construídos 3.860 metros de rede coletora nas barracas que ainda não estão ligadas à rede de saneamento, que vai abranger desde a barraca Arpão até a Itapariká, que já está interligada. Também está prevista a construção de uma Estação Elevatória e 133 metros de linha de recalque (tubulação pressurizada). O prazo para conclusão dos trabalhos é de 240 meses, mas Iran Magalhães acredita que será possível reduzir o tempo para 180 dias, caso as chuvas não atrapalhem o serviço dos técnicos.
Fonte: Diário - Fortaleza, 8 de março de 2009 – Caderno: Cidade Coluna: Pág. 22
Enviado por: Sabrina Moura

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