quinta-feira, 19 de março de 2009

ESCULTURAS SOMEM DE PARQUE

ESCULTURAS SOMEM DE PARQUE

Metade das obras do Parque das Esculturas, no Centro de Fortaleza, sumiu. A outra metade encontra-se em estado de deterioração, com ferrugem ou pichada. Vereadores estiveram na praça e fizeram um levantamento
Diego Lage especial para O POVO - 19 Mar 2009 - 00h30min

Vandalismo. Insegurança. Falta de conservação. O atual estado do Parque das Esculturas, no Centro, chamou a atenção da Câmara Municipal de Fortaleza (CMF). A praça, localizada entre a avenida Dom Manuel e as ruas Pinto Madeira e 25 de Março, foi visitada, na tarde de ontem, pela Frente Parlamentar Ambientalista. O espaço, há 12 anos, recebeu 16 obras de artistas plásticos locais. Metade sumiu. O restante sobrevive em meio à deterioração. Os vereadores prometem abrir uma série de visitações a outras áreas públicas da Capital e, ao final, montar um relatório para solicitar medidas por parte da prefeitura de Fortaleza. O então Parque do Pajeú foi criado na gestão do prefeito Lúcio Alcântara, em 1980. Em 1993 a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) passa a participar da manutenção do espaço, de 15,3 mil metros quadrados. Quatro anos depois o espaço recebe as esculturas e é transformado em Parque das Esculturas. A visita foi feita com base no livro A Arte Pública de Fortaleza - obra com documentação fotográfica e autoral das esculturas. As fotos retratavam a localização dos monumentos na praça e os formatos originais. Oito estão tomadas por ferrugem, pichações ou sumiço parcial da estrutura. A outra metade desapareceu. O médico Hélio Rola é o criador da escultura Supercão - uma das peças desaparecidas. Ele foi o único dos artistas a participar da visita e afirmou que, há dois anos, tem conhecimento a respeito do sumiço das obras. “Lamentável”, resumiu. Há, segundo freqüentadores, problemas de consumo de drogas e insegurança. A assessoria da CDL informou que a atribuição da entidade, em relação ao espaço, é jardinagem e limpeza. Pontos como segurança, preservação de obras e estrutura ficam a cargo do Município.
De acordo com o vereador João Alfredo, serão visitadas, mensalmente, pelo menos dois espaços públicos de Fortaleza. Câmara Municipal, Ministério Público e Prefeitura de Fortaleza devem receber os relatórios. Ele citou que o Passeio Público, no Centro, é um exemplo de praça bem recuperada e conversada. “Mas é um exemplo só. Essa situação de descuido é geral”, apontou. Os vereadores Eliane Gomes (PSB), Carlos Dutra (PSDB) e Ronivaldo Maia (PT) também foram à visita. João Alfredo também pediu que o presidente da CDL, Honório Pinheiro, reúna-se com a Frente Ambientalista para buscar alternativas para o Parque das Esculturas.
O POVO entrou em contato com a Secretaria Executiva Regional II (SER II), às 16 horas. O órgão não enviou resposta sobre o Parque das Esculturas.
Fonte: Jornal O Povo em 19/03/09
Enviado por: Conceição Dornelas

3 comentários:

  1. Iniciativas como esta deveriam ser rotineiras,do dia a dia, por todos, por cada um de nós! E é claro por nossos representantes. Esta atitude é uma atitude comum em muitas cidades do Brasil, que são verdadeiros exemplos de cidadania e claro de amor ao meio ambiente e respeito a arte! A preservação tem que ser exercitada para que as novas gerações aprendam a importancia dela em todos os níveis, razão até para que possamos sobreviver por mais tempo sobre a terra.

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  2. Olá Cartahena!
    Concordo plenamente com você, precisamos exercitar mais a nossa cidadania.Iniciativas como esta, precisam ser apoiadas e incentivadas.
    Obrigada pela participação.
    Abraço.
    Mary Andrade

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  3. Podemos começar denunciando sempre que vissemos alguém degradando um bem público ou particular mesmo (pois gera uma poluição visual, afetando a beleza da cidade, afastando o turismo e, consequentemente, diminuindo nossa economia), ligando para a polícia, ou mesmo o famoso Ronda, no momento em que a pessoa esteja cometendo o ato ou, se for em local que haja constantemente esses tipos de estrago, que peça uma viatura para levar aquele local à rota deles.
    Se, no mínimo, a maioria se desse conta que esses atos de vandalismo acaba gerando malefícios para todos nós cidadãos, haveria menos pessoas inertes nesta cidade e menos reclamação dos políticos, afinal, eles só são como são porque os deixamos assim ser.
    Abraço à todos!

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