terça-feira, 6 de abril de 2010

Audiência pública debate urbanização de Fortaleza para Copa 2014

Audiência pública debate urbanização de Fortaleza para Copa 2014


Fonte: Jornal O Estado
Link:
http://www.oestadoce.com.br/?acao=noticias&subacao=ler_noticia&cadernoID=9¬iciaID=25848

As questões referentes aos projetos urbanísticos previstos para a Copa do Mundo de 2014, como as obras que possivelmente gerarão remoções de populações, no município de Fortaleza, serão discutidas em audiência pública, amanhã (quarta-feira), na Assembléia Legislativa do Ceará. A audiência foi requerida pelo mandato Ecos da Cidade - vereador João Alfredo (n° 0182/2010), em conjunto com o gabinete da deputada estadual Rachel Marques (PT).
O principal motivo da solicitação do debate foram as recentes notícias veiculadas em diversos meios de comunicação, nas quais a Prefeitura Municipal e Governo do Estado revelam grande disponibilidade na realização de investimentos de infra-estrutura na capital cearense, cuja previsão de gastos chega a R$ 9,4 bilhões. Apesar das propagandas oficiais, segundo as quais os investimentos referentes à mobilidade urbana, à oferta de serviços e o incremento das atividades turísticas trarão benefícios para a cidade, João Alfredo questiona a quem servirão tais obras, que atingirão centenas de moradores e moradoras das comunidades localizadas nas proximidades das obras, como já vem ocorrendo, por exemplo, nas comunidades da Lagoa da Zeza, Vila Cazumba, Serrinha, Titanzinho e Boa Vista.
Segundo o vereador do PSol, para que Poder Legislativo efetivamente contribua para com o sucesso do evento, sob uma perspectiva popular, em Fortaleza, é preciso que possa fiscalizar e participar da construção dos projetos de investimento, buscando sempre assegurar os direitos dos cidadãos e cidadãs, a começar pela garantia de suas moradias. “Para tanto, necessita-se conhecer os planos de ação e os projetos previstos para a cidade. Assim, a realização de audiência pública revela-se um importante mecanismo de diálogo entre os poderes constituídos e a população, especialmente para esclarecer sobre a previsão de desapropriações de imóveis e remoções de famílias”, analisa.
Movimentos sociais, ONGs, organizações políticas, estudantes e moradores das comunidades que serão atingidas pelas obras da Copa formaram o Comitê Popular da Copa com o objetivo de discutir as transformações que ocorrerão na cidade e lutar para que elas não sirvam aos donos do capital e aos ricos da cidade, que já são os beneficiados pelas políticas públicas.
Enviado por: Thiago Freitas

Nenhum comentário:

Postar um comentário