sábado, 6 de junho de 2009

EM FORTALEZA CALAZAR TEM MATADO MAIS DO QUE A DENGUE

EM FORTALEZA CALAZAR TEM MATADO MAIS DO QUE A DENGUE


Diário do Nordeste
Cidade
Fortaleza, Ceará Quinta-Feira 04 de Junho de 2009

Número de cães sacrificados pelo CCZ caiu de 400 para 200, por semana. Estimativa é de que Centro de Controle de Zoonozes alerta para aumento da incidência do calazar e possibilidade de retorno da raiva Com duas mortes confirmadas em Fortaleza e outra em investigação, o calazar já fez mais vítimas que a dengue este ano, ainda sem registro de óbitos. Quadro semelhante ao do ano passado, quando 15 pessoas morreram por calazar. E a dificuldade para atuar na prevenção da doença preocupa o poder público.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), desde setembro do ano passado, quando o juiz da 3ª Vara da Fazenda Pública, Francisco Martônio de Vasconcelos, atendendo solicitação do Ministério Público, concedeu liminar determinando que o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) se abstenha de exterminar cães sadios e aptos para adoção e esterilize os animais, os riscos de contaminação aumentaram.
Antes da liminar, o CCZ sacrificava cerca de 400 cães por semana. Atualmente, o número está em 200. A SMS avisa que, com mais cães nas ruas, aumenta a probabilidade de o Município voltar a ter casos de raiva canina, e até humana.
Conforme Patrícia Facó, gerente da Célula de Vigilância Ambiental de Risco Biológico da SMS, a estimativa é que Fortaleza tenha cerca de 200 mil cães, sendo 40 mil vadios. Ela diz que, embora a campanha de vacinação da raiva tenha uma ampla cobertura, só vacina cerca de 90% dos cães domiciliados, não contemplando os animais de rua.
Patrícia afirma ainda que, desde o fim da captura de animais, tem aumentado a quantidade de pessoas agredidas por cachorros, aumentando o risco da transmissão da raiva. “Em 2007, 336 foram mordidas e, no ano seguinte, o número já subiu para 519”, afirmou.Ela lembra que a raiva ainda ocorre em cães em municípios vizinhos de Fortaleza e em animais silvestres, não sendo difícil a contaminação de animais na Capital. “Quanto mais cães nas ruas, mais as doenças se espalham”. Fortaleza já está há seis anos sem notificação de raiva animal ou humana. O objetivo da Prefeitura é reverter a situação, de acordo com Patrícia Facó. Ela explicou que, desde que receberam a notificação da liminar, fizeram a defesa, respondendo com dados técnicos e ainda estão aguardando resposta. A Presidente da União Internacional Protetora dos Animais (Uipa), Geusa Leitão, afirmou que os argumentos da Prefeitura contra a liminar são para fazer pirraça e reforçou que considera o sacrifício de cães sadios um genocídio.Segundo ela, a Prefeitura não está cumprindo a determinação da liminar de esterilizar os cães como controle de natalidade. Patrícia Facó assumiu a falta e alegou a falta de recursos para a atividade.

Em investigação

Ontem, em matéria sugerida por meio do Alô Redação, o Diário do Nordeste mostrou a preocupação dos moradores do bairro Jardim das Oliveiras, onde, no último domingo, uma adolescente de apenas 14 anos faleceu com sintomas de leishmaniose visceral. O caso está sendo investigado pela Secretaria de Saúde, mas a mãe da vítima, Virgínia Lane, já apresentou o laudo do exame chamado K-39 positivo (que detecta se a doença é mesmo leishmaniose visceral ou não). Temerosos, alguns moradores estão sacrificando seus animais.
RENATA BENEVIDES
Repórter
Enviado por: Adriana Bastos.

Um comentário:

  1. Acho extremamente tendenciosa essa matéria e nem merecia estar postada neste blog! Acaso esquecem que o vetor da leshimania (calazar) é um mosquito? E o que o CCZ tem feito como forma de prevenir?? APENAS capturar animais errantes, como se eles fossem a causa de todo o mal. Acaso fazem isso com pessoas infectadas pela dengue? Capturam e exterminam já que o mosquito pode picá-las e transmitir a outras pessoas? Então porque fazem esse tipo de política com os cães, ao invés de exterminarem diretamente o mosquito? Talvez seja mais "barato" e cômodo matar indiscriminadamente cães ao invés de investir VERDADEIRAMENTE em campanhas educativas, em carros com inseticidas, em limpeza (pois este mosquito reproduz-se em matéria orgânica, diferente do mosquito da dengue, que se reproduz na água) e tb em esterilização de animais para se evitar superpopulação e retorno de doenças como a raiva!!! A mídia deveria fazer seu papel de informar e conscientizar e não publicar matérias tendenciosas e mal-redigidas como essa!

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